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    24/02/2014 - Dissemina atenderá a mais 75 municípios

    Em solenidade que contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, o Governo do Estado, através da Secretaria de Agricultura e da Fepagro, celebrou, nesta segunda-feira (24 de fevereiro), convênios com mais 75 municípios no Programa Estadual de Incremento da Qualidade Genética da Pecuária de Carne e Leite – Dissemina. Para atender a esses novos conveniados, o Ministério do Desenvolvimento Agrário disponibilizou R$ 2,5 milhões para a condução do projeto. Com mais R$ 496 mil, oriundos da Seapa e da Fepagro, a terceira etapa do Dissemina totaliza um investimento de quase R$ 3 milhões.

    O secretário de Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, destacou o papel estratégico do Dissemina para o plano do Estado de fortalecer a produção leiteira gaúcha. “A Secretaria vem trabalhando fortemente na valorização e no incremento da produção de leite no Estado, através de três ações: o controle da sanidade dos animais, da qualidade do leite e o melhoramento genético. É nesta terceira ação que o Dissemina desempenha um papel fundamental”, explicou.

    O ministro Pepe Vargas ressaltou a magnitude do Dissemina, que é estruturado no diálogo entre os três níveis de governo. “O Dissemina celebra a parceria entre os três entes federados, os governos Federal, Estadual e Municipais. Estamos sintonizados com o que a população quer”, destacou. De acordo com Pepe, o Ministério está trabalhando para viabilizar a quarta etapa do Dissemina, o que deverá ser confirmado nas próximas semanas.

    O diretor-presidente da Fepagro, Danilo Rheinheimer dos Santos, lembrou que o Dissemina só foi possível com a recuperação de duas estruturas do Governo do Estado: a Central Riograndense de Inseminação Artificial (CRIA) e a própria Fepagro. Hoje, o programa já está colhendo bons resultados. “Os primeiros 30 municípios que conveniamos já estão tendo seus primeiros bezerros geneticamente melhorados pelo Programa”, comemorou.

    Prefeituras traçam próximos passos

    A expectativa era grande entre os prefeitos dos 75 municípios que aderiram ao Dissemina nesta segunda-feira, e todos já começaram a planejar os próximos passos. A prefeita de Mato Leitão, Carmen Goerck, conta que seu município possui uma forte ligação com a cultura do tabaco, e as pequenas propriedades familiares, que são a maioria em Mato Leitão, vêm investindo na diversificação. A produção de leite já é a segunda maior atividade agropecuária do município. “Com o melhoramento genético proposto pelo Dissemina, poderemos dar um salto qualitativo nessa produção. Temos a previsão de atender, inicialmente, a 100 famílias de pequenos produtores”, detalha a prefeita.

    O prefeito de São Domingos do Sul, Domingos Scartezzini, também comemorou a adesão do seu município ao Dissemina, pois a agricultura já é responsável por 70% da economia local e a produção de leite vem se intensificando no município. “É preciso aumentar a produção e, mais importante ainda, melhorar a qualidade do leite. Mais de 400 famílias serão beneficiadas pelo Dissemina em São Domingos do Sul”, avalia.

    Para o prefeito de Santo Augusto, José Luiz Andrighetto, o Dissemina poderá desempenhar mais um papel: conter o êxodo rural no município. “O programa será muito importante para auxiliar as pequenas propriedades a incrementar a produção de leite e também para manter os pequenos agricultores no campo, porque hoje apenas 20% da população de Santo Augusto está na área rural”, explica.

    Sobre o Dissemina – Coordenado pela Fepagro, vinculada à Secretaria da Agricultura, o Dissemina disponibiliza, em regime de cessão de uso, um automóvel utilitário e um botijão de nitrogênio, doses de sêmen a custo zero, e nitrogênio líquido a preço de custo. Também prevê curso de qualificação, conduzido pela fundação, para os técnicos responsáveis e os inseminadores dos municípios.

    O Dissemina tem por objetivo qualificar, a médio e longo prazo, os rebanhos de corte e leite em propriedades da pecuária familiar que apresentam dificuldades de acesso à assistência técnica. Até agora, os governos Federal e Estadual investiram R$ 7 milhões no programa.

    O projeto piloto, realizado com recursos do MDA, da Seapa e da Fepagro, contemplou 31 municípios. A segunda fase, com recursos do Ministério da Agricultura, da Seapa e da Fepagro, conveniou mais 59 cidades.

    Central Riograndense de Inseminação Artificial - A Fepagro Campanha, em Hulha Negra, reativou a Central Riograndense de Inseminação Artificial (CRIA), sucateada em gestões passadas. Lá, será produzido o sêmen que dará sustentação ao programa. No mesmo local, o Governo do Estado pretende aprofundar a pesquisa em genética, criando a Central de Biotécnicas Reprodutivas (CBR).

    Texto: Elaine Pinto